terça-feira, 3 de agosto de 2010

Texto de abertura do blog

Crianças gostam de coisas coloridas, principalmente aquelas crianças bem pequenininhas ainda, por volta dos 3 aninhos. Elas adoram manusear as coisas e algumas ainda gostam de levar tudo à boca. Às vezes até parecem querer testar a resistência das coisas! Puxando, rasgando, mordendo e às vezes até deixando um punhado de baba sobre o que quer que seja. Sabendo de tudo isso, os pais mantêm alguns objetos distantes da criança (não somente aqueles que representam algum perigo para os pequenos, o que é recomendável). Certamente, há aqueles que representam perigos reais à saúde e bem-estar da prole e que devem mesmo ficar bem longe e bem guardados, mas também há aqueles outros que os pais mantêm longe porque não querem que os filhos os estraguem. Um bom exemplo disso são os livros. E, adivinhem, crianças parecem ter fixação por eles. Bem, os pais geralmente têm de trabalhar e cuidar de um montão de coisas e na maior parte das vezes não têm tempo para ler. Mas é só abrir um livro que a criança vem de mansinho ou toda serelepe para espiar as páginas do que você está lendo. Se o livro tiver imagens, então, ela vai querer ver, perguntar, pegar, aí o sossego acaba e o seu momento de leitura também. Errado! Afastar a criança da sua leitura porque ela está atrapalhando é um dos erros mais comuns e uma das atitudes corriqueiras que a gente toma sem pensar e que acaba por afastar os pequenos dessa atividade. Livros não são exclusividade da escola, muito menos dos adultos! O ideal é que eles façam parte do cotidiano dos pais e dos pequenos igualmente. É evidente que você não vai querer que seu filho babe sobre as delicadas páginas de uma edição de Machado da Nova Aguilar, que além de sensível é caríssima.  Para que você desfrute de seu momento de leitura e não tenha que dar bronca no seu filho ou se esconder dentro do quarto ou mesmo deixar de ler, seria interessante que você compartilhasse com seu filho esse momento, e isso não significa que você vai obrigá-lo a ouvir Ulisses do Joyce ou que ele ficará do seu lado te observando virar as páginas do livro a cada três minutos. Compartilhar esse momento com seu filho significa que será um momento de leitura prazerosa para ambos. Se você quiser, pode ler uma história para ele, sem dúvida, mas aí é você que está se privando da sua leitura. Há momento para tudo; claro que é gostoso ler para os filhos e eles também adoram, mas há outra maneira de você poder ler o que bem quiser e ainda compartilhar esse momento com ele. Ah, seu filho tem apenas 3 aninhos e, portanto, não sabe ler, o que o torna totalmente dependente de você. Errado de novo! Há muitos livros no mercado que dispensam totalmente ou parcialmente a necessidade de você ler para seu pequenino. Mesmo que ele não saiba ler, os livros infantis são recheados de ilustrações e captam a atenção e curiosidade das crianças, muitas vezes sem a necessidade de você contar qualquer história. Eventualmente você pode ler o livro para seu filho e ele vai querer folheá-lo muitas vezes, relembrando a história ou ainda imaginando uma outra. Há ainda os livros que não trazem uma história, mas são do tipo ‘informativo’ (como se os outros não o fossem); esses são livros que ensinam a contar, estimulam o raciocínio associativo, o reconhecimento de objetos, animais, cores, entre outras coisas aguçam a imaginação e, se trazem palavras ou frases curtas associadas à imagem, mesmo que o seu filho não saiba ler, o ajudam a ir se familiarizando com a forma das letras e dos números, que no fim das contas, também são imagens. E claro, isso vai facilitar horrores a atividade didática do professor num futuro não tão distante assim. Espero com esse blog contribuir para que você e seu filho sejam leitores felizes para sempre.

Nenhum comentário:

Postar um comentário